E bem, estamos indicados para o prêmio Omelete Marginal, que é da revista on-line INTERVENÇÕES URBANAS, nessa revista foi públicada uma matéria sobre o Rodrigo Aragão, seu trabalho e o MANGUE NEGRO, e tomamos a liberdade de botar uma parte da matéria aqui, no nosso blog. Para ler tudo é só acessar : http://www.iu.art.br/ e clickar nos trabalhos do colunista Toni Telles.
E é isso... obrigado Toni, por essa matéria!
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MANGUE NEGRO – e o terror invade o manguezal:

A idéia inicial era de um curta, passou pra um média e virou um longa, MANGUE NEGRO, o primeiro longa metragem de Rodrigo Aragão é um horror-suspense combinado com crítica social em relação à poluição do mangue e à corrupção física e espiritual da própria sociedade, um tapa na cara, e uma revanche contra quem achava que o gênero só poderia produzir violência sem sentido, a estória envolve ainda a questão da miséria e um amor platônico, mais que isso não se pode revelar sob pena de estragar a película, mas posso adiantar, sobra mesmo dentro deste contexto, espaço para muita ação e muito humor negro.
De qualquer forma o filme deve ser catalogado e respeitado historicamente pelo cinema nacional, por exemplo, é o recordista em cenas sangrentas do Brasil até agora, até quando parou-se de contar, já se havia gasto cerca de 700 litros de sangue até a metade das filmagens!
Para realizar esta nova obra prima do medo o diretor convocou um time de amigos e figurantes dispostos a dar o sangue nas filmagens, com direito a muitos ferimentos, hematomas, desmaios e hipotermia, (e olha a galera da Darkover de novo aí gente! Essa é estória pra outra matéria); além destes, reuniu um time de talentosos atores como Walderrama dos Santos, Kika Oliveira, Ricardo Araújo, Marcos Konká, André Lobo, Julio Tigre, Reginaldo Secundo e até este cara de pau que vos escreve. Como o próprio Rodrigo diz, não chamou ninguém que estivesse aquém do trabalho a ser executado, diferente da maioria dos artistas da atualidade, jamais buscou apoiar seus projetos em nenhum incentivo governamental nem em apoiar-se em leis de incentivo à cultura ou patrocinadores, Mangue Negro é literalmente um filme independente talvez um dos únicos do porte no mercado atual brasileiro.
Para tanto não firmou parcerias ou fez concessões o filme é o que é não se verá como na maioria dos filmes brasileiros os logos de governos estaduais, municipais e principalmente, do governo federal, não se comprometeu com ONGs ou associações de nenhum tipo, as pessoas verão por exemplo a exemplar atuação de Ricardo Araújo, como o velho na cadeira de rodas ficou perfeita, pois o artista é realmente paraplégico, mas diferente das ridículas manifestações adotadas pelos entes governamentais visando a dita “inclusão social”, isso não foi nenhum favor como alguns defensores de assistencialismo imbecil promovem, Ricardo foi convocado porque era o melhor para o papel, ele não é um “grande ator paraplégico”, ele é sim, um Grande Ator e ponto final!
Não poderia destacar ninguém, muito coração e alma em cada cena, mas o casal Kika e Walderrama vão fatalmente dar o que falar.
Para tanto não firmou parcerias ou fez concessões o filme é o que é não se verá como na maioria dos filmes brasileiros os logos de governos estaduais, municipais e principalmente, do governo federal, não se comprometeu com ONGs ou associações de nenhum tipo, as pessoas verão por exemplo a exemplar atuação de Ricardo Araújo, como o velho na cadeira de rodas ficou perfeita, pois o artista é realmente paraplégico, mas diferente das ridículas manifestações adotadas pelos entes governamentais visando a dita “inclusão social”, isso não foi nenhum favor como alguns defensores de assistencialismo imbecil promovem, Ricardo foi convocado porque era o melhor para o papel, ele não é um “grande ator paraplégico”, ele é sim, um Grande Ator e ponto final!
Não poderia destacar ninguém, muito coração e alma em cada cena, mas o casal Kika e Walderrama vão fatalmente dar o que falar.

O filme já rendeu antes de sua exibição um documentário chamado de “Sob a Lama do Mangue Negro” elaborado pelo próprio Rodrigo Aragão com a ajuda do também excelente cineasta Maurício Junior (que também atua no filme).
A música tema seria foi feita pela banda capixaba alternativa ORLA SÔNICA mas as gravações ainda não ocorreram em razão de agenda (3 dos 5 integrantes do ORLA pertenciam ao CANNIBAL CLOWN que no momento se prepara pra voltar aos palcos, por isso a atenção com o ORLA
SÔNICA foi para segundo plano), isso proporcionou outro bom resultado pro filme, como para gravar a música tema pra o ORLA SÔNICA, o amigo de longa data e Hermano, filho de Herman Pidner, DJ e ex-guitarrista da banda de grindcore FEBRE TIFÓIDE, entrou de cabeça no projeto fazendo boa parte da trilha sonora (30% mais ou menos)com lances eletrônicos e guitarradas, mais que isso, convocou outros músicos que também atuavam no filme e montou uma banda de metalcore com influências de EXTREME NOISE TERROR e BRUJERIA só que cantado em português para tocar no filme que acabou vingando e em breve estarão lançando o primeiro álbum, trata-se do SALMONELLA.
O áudio do filme ficou na mão do gaúcho Luciano Allgayrer, que fez excelente trabalho e a edição ficou por conta do próprio Rodrigo e de Maurício Jr, que também cuidou de detalhes técnicos de animação e de quebra como todo mundo inclusive o próprio diretor, também atua no filme.
Ainda sobre a trilha sonora, Hermano Pidner nãom se limitou ao rock, ao Techno e às músicas com a banda, mas como o ORLA SÔNICA encontrava-se impedido de participar assumiu também os encargos de criar os climas com música regional caiçara capixaba.
SÔNICA foi para segundo plano), isso proporcionou outro bom resultado pro filme, como para gravar a música tema pra o ORLA SÔNICA, o amigo de longa data e Hermano, filho de Herman Pidner, DJ e ex-guitarrista da banda de grindcore FEBRE TIFÓIDE, entrou de cabeça no projeto fazendo boa parte da trilha sonora (30% mais ou menos)com lances eletrônicos e guitarradas, mais que isso, convocou outros músicos que também atuavam no filme e montou uma banda de metalcore com influências de EXTREME NOISE TERROR e BRUJERIA só que cantado em português para tocar no filme que acabou vingando e em breve estarão lançando o primeiro álbum, trata-se do SALMONELLA.O áudio do filme ficou na mão do gaúcho Luciano Allgayrer, que fez excelente trabalho e a edição ficou por conta do próprio Rodrigo e de Maurício Jr, que também cuidou de detalhes técnicos de animação e de quebra como todo mundo inclusive o próprio diretor, também atua no filme.
Ainda sobre a trilha sonora, Hermano Pidner nãom se limitou ao rock, ao Techno e às músicas com a banda, mas como o ORLA SÔNICA encontrava-se impedido de participar assumiu também os encargos de criar os climas com música regional caiçara capixaba.
O grande destaque vai para os outros 70% da trilha sonora, isso mesmo, 70% da trilha sonora do MANGUE NEGRO foi e executada pela ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESPÍRITO SANTO, e a homenagem do filme vai para o falecido maestro Jaceguay Lins.
O makin of e fotografia da produção ficaram a cargo de Maurício Junior, Giovani Coio com a participação de Ulisses de Bian. A parte técnica ficou a cargo do fiel escudeiro de Rodrigo , Vitor Hugo Medeiros e muitos outros que trabalharam, ralaram e deram duro pra colocar a coisa toda pra funcionar.
O diretor Rodrigo Aragão ainda deve trazer muitas surpresas e novos filmes, quando lançou o projeto Fábulas Negras, uma compilação de vídeos dos videomakers de Guarapari e suas produtoras, o título do DVD era “CONTOS DE GUARAPARI”, e trazia 7 curtas, sendo 3 da PESTILENTO FILMES (”Mulher de Algodão”, “Cachorro do Mato”, “Cachorro do Mato 2″), 2 curtas da JAVALI FILMES (”La Puta” e “Balada Sangrenta”) 1 da GÓTICA PRODUÇÕES (”Chupa Cabras”) e mais um curta de Ricardo A., Jr Pizza e Hermano P. (”O Peixe Podre”); talvez o próprio Rodrigo não imaginasse a repercussão que causaria, foi quando resolveu extinguir a GOTICA, e montar sua nova produtora mais bem estruturada, com estúdio, sets de filmagem e equipamento próprio, atualmente é lá que é produzido pela já mencionada dupla Maurício e Hermano, o programa de TV bizarro, o Cultura Nativa.
Agora, com um QG como base de filmagens e as infinitas locações que nosso estado possui, tão infinitas quanto as idéias de Rodrigo, podemos esperar pelas novidades, já que o monstrólogo está apenas começando, e tal como Don Quixote (figura que o facina, posui até uma tatoo do mesmo nas costas) talvez por ser um dos últimos cavaleiros a lutar por um cinema honesto e indie fora dos padrões “globais” ou por viver perseguindo gigantes, que esperamos não serem apenas moinhos.
O Filme seria lançado apenas em 2009 mas devagar a obra vai saindo do controle de seus criadores, já participou recentemente de um festival de cinema no Rio Grande do Sul
e salvo engano há algo agendado para Curitiba/PR, concorre atualmente ao prêmio da revista OMELETE MARGINAL em várias categorias (melhor atriz de cinema, melhor ator de cinema, melhor diretor de cinema e melhor filme), no dia 1º de novembro será exibido em Santiago do Chile e em Buenos Aires, Argentina, estará participando do Festival de Cinema ROJO SANGRE, e é o 1º filme brasileiro que consegue se classificar em 9 anos, no dia 11 de novembro o filme estará participando do VITÓRIA CINE VIDEO, no dia 15 de novembro MANGUE NEGRO estará participando da AMOSTRA de VIDEOS FANTÁSTICOS de São Paulo.
e salvo engano há algo agendado para Curitiba/PR, concorre atualmente ao prêmio da revista OMELETE MARGINAL em várias categorias (melhor atriz de cinema, melhor ator de cinema, melhor diretor de cinema e melhor filme), no dia 1º de novembro será exibido em Santiago do Chile e em Buenos Aires, Argentina, estará participando do Festival de Cinema ROJO SANGRE, e é o 1º filme brasileiro que consegue se classificar em 9 anos, no dia 11 de novembro o filme estará participando do VITÓRIA CINE VIDEO, no dia 15 de novembro MANGUE NEGRO estará participando da AMOSTRA de VIDEOS FANTÁSTICOS de São Paulo.E esse aparentemente é só o começo, assistam o filme e bom divertimento!
Eu vou ficando por aqui pois pois tudo tem que acabar, como diz o mote do MANGUE NEGRO, “a decomposição é inevitável”.
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10 perguntas para um cineasta, antes do filme uma entrevista exclusiva com o mago dos efeitos, senhoras e senhores, com vocês, Rodrigo Aragão.
OM - Você é muito mais que apenas diretor, é um artista plástico completo, você pretende continuar atuando em outras áreas fora o cinema, ou seja pretende produzir obras de pintura, escultura e outras e promover suas respectivas exposições?
Cada tipo de arte é um prazer diferente, gosto de varias delas, mas o cinema é minha preferida.
OM - Quais são seus diretores preferidos e que mais te influenciaram no cinema?
Meus heróis são os americanos Sam Raimi (Evil Dead), Steven Spielberg de (Tubarão), e George Lucas (Star Wars); o neozelandês Peter Jackson (Fome Animal), o italiano Lucio Fulci (Zombie); e o pouco conhecido diretor espanhol Armando Osório (Ataque de los muertos sin ojos).
OM - Você sempre esteve meio envolvido com o meio musical, conte pros leitores da undervix, quais as 3 bandas capixabas que você mais curte, quais as 3 bandas nacionais(não valem bandas locais) que você mais curte, quais as 3 bandas gringas que você mais gosta e qual a sua banda predileta, quer dizer, a sua banda do coração mesmo?
Bandas Capixabas: gosto de varias por isto vou citar as bandas dos meus amigos: Salmonella daqui de Perocão, todos os integrantes passaram pelo Mangue; Cannibal Clown, do Toni, que faz um repugnante atravessador de caranguejos; e Índios do ano 7000, que tem o herói do Mangue Walderrama dos Santos como baterista.
Bandas Brasileiras: Gosto de um monte de coisas: Sepultura, Ultraje a Rigor e Camisa de Vênus.
Bandas Gringas: Gosto de Rammstein, Korn e Marilyn Manson.
E para a banda predileta, tenho que admitir que a coisa que mais gosto de ouvir, mesmo fugindo um pouco da pergunta, é Raul Seixas, que não é uma banda, mas é a coisa que eu mais escuto, a cara do rock brasileiro.
OM - Valeu por elaborar um top 10 musical pra nós, e como está indo a promoção e divulgação do filme, local, nacional e internacionalmente?
O filme será exibido em vários festivais nos próximos meses, em novembro no “Buenos Aires Rojo Sangre” e no “Santiago Rojo sangre”, onde estará concorrendo com longas de todo o mundo. O 15°vitória cine vídeo onde fará sua primeira exibição no estado. E na 3° mostra de curtas fantásticos de São Paulo.
OM - Já há algum novo projeto em andamento?
OM - Já há algum novo projeto em andamento?
A série “Fabulas negras” que apresentará contos com vinte e cinco minutos de duração no mesmo universo que o mangue negro, personagens e lendas no interior do Brasil antigo e desprovido de tecnologias, claro que tudo com muito sangue e víceras.
OM - Fale um pouco sobre seus planos futuros.
Montar um núcleo de produção na aldeia de pescadores de Perocão, promover cursos de efeitos especiais, cenografia e atores, para assim descobrir novos talentos e agrupá-los a minha equipe.
OM - Seu trabalho como artista de efeitos especias e maquiagem tem um padrão internacional que o mercado interno parece não absorver, já pensou em chutar o pau da barraca, dar as costas pra tudo aqui e ir tentar a sorte lá fora?
Adoro o lugar onde vivo, não tenho a menor intenção de sair daqui, quero continuar filmando aqui. Estamos criando nosso próprio mercado.
OM - Você acabou por revelar novos e excelentes artistas, pretende manter o elenco com quem tem trabalhado ou sempre há oportunidade para novos talentos?
As duas coisas!
OM - Alguém em especial que você gostaria de agradecer sem o qual o filme não se realizaria?
Muitas pessoas, por isto seria injusto citar uma. Mas dedico o filme a o meu grande amigo Jaceguay Lins, que faleceu a alguns anos, mas deixou incrível, obra esta que tornou a trilha sonora do mangue negro única e memorável.
OM - Obrigado pela entrevista, o espaço é seu para se manifestar e falar aos internautas, go!
Não esqueçam de votar na gente no Prêmio Omelete Marginal! Assitam o Mangue negro! Dia 11 de novembro no vitória cine vídeo e em breve nas locadoras! Entrem no site http://www.manguenegro.com/
Abraço a todos
muito obrigado.
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